quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Melhores filmes de 2009

A minha Lista dos melhores filmes de 2009 é bem pessoal mesmo, porque  assisti poucos lançamentos nesse ano no cinema e  alguns em DVDS. Alguns longas que indicarei a seguir não estão mais em exibição nos cinemas, mas é possível encontrá-los em DVD ou assistir online na internet. A lista não seguirá colocações.

1-O Leitor 
 Um filme que já está meio esquecido, mas foi um grande acerto e finalmente fez justiça a Kate Winslet.

Segredo? Resolva este mistério.

A sociedade acredita que é guiada pela moralidade mas isto não é verdade. O premiado diretor de "As Horas", Stephen Daldry, mostra novamente toda sua força nesta história de medos e segredos escondidos pelo tempo. Hanna (Kate Winslet) foi uma mulher solitária durante grande parte da vida. Quando se envolve amorosamente com o adolescente Michael (Ralph Fiennes) não imagina que um caso de verão irá marcar suas vidas para sempre. Livro com sucesso mundial de vendas, "O Leitor" é a uma história que nos levará a questionar todas as nossas mais profundas verdades. Estreou em fevereiro nos cinemas do Brasil.


2-O curioso caso de Benjamin Button

Este ficou mesmo na  minha memória,  mesmo tendo sido lançado em janeiro, acho que é inesquecível. Um pouco longo e com bastante diálogos, mas mesmo assim imperdível. Filme com Brad Pitt e foi indicado para o Globo de Ouro.



3-Operação Valquíria
Filme que estreou aqui no Brasil em Fevereiro, Com Tom Cuise em uma trama para matar Hitler.
A Segunda Guerra sempre com temas para serem trabalhados. Não se esgota! Este filme traz uma visão diferente daqueles que viram a loucura de um ditador louco.




4-A era do gelo 3

Animação da série, Sid, Manny, Ellie, Diego e Scrat. É o título do terceiro filme da franquia A Era do Gelo. Estreou nos cinemas mundiais em 1 de julho de 2009.
Adorei os três filmes , porém o terceiro foi sem dúvida o melhor , muito bom mesmo . Espero que tenha o quarto para podermos dar altas risadas com esses maravilhosos personagens que foram criados como o bando mais estranho já existente!




5-Anjos e demônios 

O assassinato de um cientista faz com que o professor de simbologia Robert Langdon (Tom Hanks) e Victoria Vetra (Ayelet Zurer), filha do homem morto, envolvam-se com a sociedade secreta dos Illuminati. As pistas levam a dupla ao Vaticano, onde uma conspiração envolvendo o assassinato de cardeais, às vésperas da eleição do novo Papa, coloca-a em perigo. Estreou em maio de 2009.
A análise deste filme é bem complicada. Há dois lados: para quem não leu o livro, é um excelente filme, com muita aventura, perseguições, códigos decifrados, efeitos especiais maravilhosos, ou seja, acha sem dúvida um ótimo filme. Para quem leu o livro, como eu, decepciona-se. Apesar de achar um bom "filme", em relação ao livro, personagens importantes e carismáticos foram excluídos (como o Kohler), nomes de personagens foram trocados, fatos foram trocados ou excluídos(como na troca do pai de Vittoria Vetra, que virou um amigo pesquisador no filme, como o assassino morreu, o casamento de Vittoria e Robert Langdon), além do final não ter explicado bem os motivos de Camerlengo ter feito tudo aquilo. Quem não leu o livro ficará sem entender.



6-Bastardos Inglórios
Todo mundo saiu do cinema com um sorrisão na cara, acho que é uma vingancinha interna. O filme é muito bom, faz meses que assisti e até hoje não passou o efeito, e mais: melhor que Kill Bill. Elenco impecável, fotografia original, diálogos maravilhosos…Tarantino é demais!



 7-Lua Nova
Ao meio de gritos e suspiros consegui ver esse esperado filme. Para quem não leu  o livro vai encontrar um romance, até que bonito, apesar de parecer que as cenas foram coladas uma após a outra sem nenhum sentido. Você sairá satisfeito. O problema é achar alguém que não leu. Não há dúvidas que Lua nova e todos os filmes que virão da saga crepúsculo foram feitos para os fãs. E apesar da euforia do momento, vão acabar percebendo as pontas soltas deixadas.




8-Avatar
A audácia, a visão, uma nova fronteira para a imaginação. E, como todo bom cinema, a qualidade de sonho e de metáfora. Realmente, um paraíso para os olhos e momentos gratificantes de descontração. Em 3D para uma experiência única.


9- Entre os muros da escola
Assisti hoje, 04/01/2010, no tele cine Premium e decidi colocá-lo entre os melhores de 2009, porque foge dos típicos "filmes de escola". Fiquei impressionada com a carga dramática dos personagens justamente pelo realismo, legitimidade das cenas, dos diálogos e expressões.


Muitas vezes durante o filme, revivi e relembrei momentos em que eu mesma passei pelos mesmos problemas na sala de aula. E mesmo sendo simples, o conteúdo é riquíssimo e leva a profundas reflexões, para nós educadores sobre a triste e perturbadora realidade das escolas.

Muitas são as cenas que merecem uma análise profunda no que tange a aspecto didático, metodológico de uma sala de aula. Porém o que mais chama a atenção é o fato de num mesmo espaço da sala de aula se encontrarem tantas diferenças culturais devido aos diversos grupos ali matriculados. Como é difícil administrar as diferenças numa sala de aula, ao mesmo tempo é importante que estas diferenças estejam no chão da escola. Um filme surpreendente e que merece ser assistido várias vezes.


Você pode ajudar a completar essa lista, deixando seu comentário e enriquecendo as informações.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Divas do POP de 2009



Nesse ano muita coisa aconteceu no mundo Pop, Lady Gaga, inclusive. Por isso,  resolvi fazer uma lista das cantoras que mais se destacaram, com total despretensão. Se você lembrar de alguma, comente também! A lista não está em nenhuma ordem de preferência, visa primeiro agradar a esta que vos escreve, mas será um prazer descobrir alguma coisa legal que chegou por um comentário seu. Por favor, surpreenda-me! Entre várias cantoras consideradas divas, cinco eu considero melhores e  colocarei seus clipes para ilustrar seus trabalhos :

 1-Madonna: Conhecida como uma cantora com  a capacidade de encantar e cantar em várias escalas como Soprano, Mezzosoprano e contralto é  a cantora mais bem sucedida da história da música de acordo com a Billboard.
 
 


2-Britney Spears: Eterna princesa do pop, bateu vários recordes na música, considerados impossíveis de se realizar hoje em dia.


 
3-Shakira: Além de um estilo próprio de mudar diversos tons numa mesma canção e de criar coreografias, outro reconhecimento dado a Shakira por publicações especializadas é a capacidade de mudar o ritmo da mesma canção enquanto está cantando e ter uma agilidade na pronúncia das palavras.

4-Lady Gaga: É o mais novo nome da música Pop.  Foi indicada com um total de nove prêmios no MTV Video Music Awards de 2009,recorde para um artista no seu primeiro, incluindo “Vídeo do Ano”, “Artista Revelação”, “Melhor Vídeo Feminino” e “Melhor Vídeo de Pop” para “Poker Face” e “Melhor Direção”, “Melhor Edição”, “Melhores Efeitos Especiais”, “Melhor Cinematografia” e “Melhor Direção de Arte” para “Paparazzi”.
5-Beyonce:  lançou  este ano uma nova versão do seu terceiro álbum "I Am… Sasha".  Lançou também um CD/DVD de remixes e vídeos chamado Above and Beyoncé - Video Collection & Dance Mixes, em que o CD contém todos os singles do álbum I Am… Sasha Fierce em versão remix e o DVD contém todos os videoclipes do álbum I Am… Sasha Fierce.  Fez parcerias musicais com as cantoras Alicia Keys  e com Lady Gaga.
 Que 2010 nos surpreenda com mais Divas e bons sons!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natal na Barca, por Lygia Fagundes Telles



Não poderia faltar aos meus contos escolhidos de natal um nacional especialíssimo. Fiquei muito impressionada quando o li pela primeira vez. Por isso, de vez em quando nessa época eu releio e renovo minha admiração por “Natal na barca”, de Lygia Fagundes Telles. O melhor conto natalino  de autores brasileiros que conheço, publicado no livro “Antes do baile verde” (1970). Para ler ou reler, é só clicar aqui.

sábado, 19 de dezembro de 2009

A Pequena Vendedora de Fósforos, por Hans Christian Andersen


Essa história de natal é muito emocionante, triste mesmo. Eu não aguentaria lê-la para meus alunos. Conta como uma menina teve de sair de casa para vender fósforos com neve e muito frio. Faz lembrar-me do meu pai, pois fazia parte de uma coleção de histórias infantis que ele nos presenteou quando eu tinha apenas sete aninhos.


Hans Christian Andersen - A Pequena Vendedora de fÓsforos
fonte:Scribd

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A Christmas Carol: O espírito mais inspirado de natal



Boas festas para todos em qualquer altura do ano! O Natal só acontece uma vez por ano, triste verdade, pois se acontecesse todos os dias, este mundo seria bem diferente. Esta é a mensagem de Charles Dickens e do seu 'Conto de Natal'.

Estou no clima natalino, pois já faz um mês que decorei minha casa. Realmente posso dizer que sou aficionada por esta época. No ano passado fiz um post dos filmes que falavam de natal. Este ano irei postar alguns contos que já li e que me marcaram na infância e que ainda releio.
Começarei pelo clássico dos clássicos da literatura Inglesa, A Christmas Carol , de Charles Dickens, um dos contos mais adaptados no cinema e na TV. Talvez porque este livro seja muito mais do que uma história natalícia. As imagens que geralmente se associam a esta época — o Natal como sinônimo de reunião familiar — foram fixadas e transmitidas de geração para geração por estas páginas que Dickens escreveu em apenas seis semanas e com o objetivo de pagar suas dívidas. Publicado em 1843, no Reino Unido, esse livro é descrito por ele, como Um Livrinho de Natal, contendo várias ilustrações de John Leech, a história transformou-se imediatamente num sucesso, vendendo mais de seis mil cópias em uma semana (um número incrível para a época).

O seu conto "Canção de Natal" (que inspirou a criação do Tio Patinhas, personagem da Disney), é talvez a sua história mais conhecida. As adaptações são inúmeras, para quase todos os gêneros de comunicação: cinema, amimações, televisão, teatro, outras adaptações literárias, etc, criam um fenômeno de popularidade que transcende a obra original. Segundo alguns, esta história, patética, moralista e bem humorada, resume o verdadeiro significado do Natal, eclipsando todas as outras histórias de Dickens sobre o tema.
Só para exemplificar o poder de influência deste conto, Renato Aragão adaptou este livro em uma meia-dúzia de especiais de Natal.
O enredo nos traz a figura de Scrooge, um rabugento homem de negócios de Londres, sovina e solitário, que não demonstrava um pingo de bons sentimentos e compaixão para com os outros. Não deixa que ninguém rompa sua carapaça e preocupa-se apenas com seus lucros. Submetia os funcionários a condições de trabalho desumanas, expulsava pedintes e amaldiçoava seu bom sobrinho o pai do pequeno e adoentado Timmy e chefe de um núcleo familiar que não perdia a alegria de viver.
Aos desejos de feliz natal, Scrooge retrucava:
- "Bah, que bobagem! Que motivos você tem para estar feliz, sendo pobre desse jeito?".

São os conflitos modernos da vida real, de perda de valores ancestrais e familiares, e de degradação dos laços sociais, que Dickens resolve na literatura e, especificamente, em Um Conto de Natal , mas sem jamais manchar ,ofender ou criticar abertamente as instituições vitorianas. Tanto foi assim que famílias inteiras reuniam-se ao redor da mesa de jantar para acompanhar as peripécias dos personagens , cada vez que um periódico de jornal trazia um novo capítulo.
Dickens esteve entre os primeiros a detectar os males da sociedade moderna, e Scrooge, com sua ganância pelo lucro, é o seu símbolo maior para toda a crueldade do capitalismo selvagem.
Deste modo, onde ainda houver sentimentos de solidariedade para com os excluídos, amor às reuniões familiares, vontade de congregação entre as pessoas e estranheza frente às frias relações de comércio e trabalho, Um Conto de Natal continuará atual.


A Christmas Carol foi para os  cinemas novamente, neste ano. Nesta nova versão da Disney, o clássico natalino surge em imagens muito interessantes. O longa é dirigido por Robert Zemeckis

Pelo trailer dá para ter uma boa ideia do espetáculo que Zemeckis fez com a história de Dickens. Pelo menos, uma dúvida eu não tenho, nesta história o espírito de Natal costuma estar realmente inspirado


Mas antes de assistir ao filme leia o conto, clicando em View in fullscreen , na imagem logo abaixo:

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Livros: presentes perfeitos



Livros são presentes inteligentes, interessantes, e que acrescentam algo para quem o ganha. Eles têm o poder de mudar as pessoas e de enriquecer o conhecimento.
Lembro-me que em um dos meus aniversários meu pai chegou em casa com um presente para mim. Quando eu o abri, era um dos seus livros prediletos e que estava com ele já há uns 20 anos. Uma edição raríssima de " O crime e Castigo" de Fiódor Dostoiésvsky. Demorei um ano para lê-lo, mas foi o livro que mais me impressionou, porque Dostoievski está, a meu juízo, alguns degraus acima do que se produziu no século XIX. Se não leram ainda, leiam um dia este romance e juntamente com o personagem Raskolnikov, cometam um homicídio (de fato, dois) por razões até muito "justas". E percorram o calvário que conduz ao arrependimento e, infelizmente no caso do romance, à redenção. Posso afirmar até que: quem ler este livro nunca se tornará um criminoso.
Este ano já presenteei várias vezes meus familiares com livros. Não vou dizer que livros como presente agrade a todos, mas aqui em casa a febre é geral. Começou no aniversário da minha caçula em julho: pediu a avó  materna o livro "crepúsculo" e a tia  o " Lua Nova". Agora, na sua primeira comunhão comprei-lhe o clássico infantil "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry em uma versão em pop-up, com ilustrações que "saltam" do papel.

A minha filha mais velha também pediu livros como presente na aprovação da OAB. E eu estava namorando a nova edição de luxo para colecionadores da obra "Alice no País das Maravilhas", obra-prima de Lewis Carrol e acabei ganhando-o da minha filha de presente de aniversário.
Conheça a edição especial de " O Pequeno Príncipe", assistindo o vídeo:


E você? Que livros dará ou daria de natal? Deixe suas dicas nos comentários.
" Bendito quem semeia livros, Livros à mancheia, E manda o povo pensar! O livro caindo n'alma, É germe que faz palma, É chuva que faz o mar!”
Castro alves

sábado, 12 de dezembro de 2009

Neve, Vidro, Maçãs - por Neil Gaiman



“Branca de Neve, tranquila, olhava cobiçosamente para a linda maçã e, quando viu a camponesa mastigar a sua metade, não resistiu, estendeu a mão e pegou a parte envenenada. Apenas lhe deu a primeira dentada, caiu no chão, sem vida.” [Irmãos Grimm - A Branca de Neve e os Sete Anões]

E já que o assunto é Branca de Neve, postei hoje um conto muito interessante e até assombroso, com a adaptação nada infantil de Neil Gaiman. Repare na ilustração bem gótica da menina por ele retratada, tem tudo a ver com o conto. Li ontem, depois de ler umas indicações de bons contos. Fiquei um  pouco impressionada, mas temos que nos adaptar a todos estilos literários. Confessando mesmo: (fiquei horrorizada!!!!).

Neve, Vidro, Maçãs – Neil Gaima

Neve, vidros, maçã

Neil Gaiman é um dos maiores argumentistas das HQs modernas, um dos dez melhores escritores pós-modernos vivos. Criador da cultuada série Sandman, que fez de Neil o vencedor do "Will Eisner Industry Awards" como Melhor Escritor (1991, 1992, 1993 e 1994)
 Mais sobre o autor: LEIA AQUI

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O Père Lachaise: O Cemitério das celebridades

O cemitério do Père-Lachaise é o maior cemitério de Paris e um dos mais famosos do mundo, tornado-se um dos  ponto turístico mais visitados da cidade. A fama é merecida. Enterradas entre as mais de 70 mil sepulturas estão personalidades como o roqueiro Jim Morrison (1943-1971), os escritores La Fontaine (1621-1695), Molière (1622-1673), Honoré de Balzac (1799-1850) e Oscar Wilde (1854-1900), o músico Frédéric Chopin (1810-1849), o espírita Allan Kardec (1804-1869) e Marcel Proust (1871-1922).
Algumas Celebridades:




La Fontaine (1621-1695)
Francês de origem burguesa, nascido na região de Champagne, foi autor de contos, poemas, máximas, mas com as fábulas ganhou notoriedade mundial, resgatando fábulas do grego Esopo (século VI a. C.) e do romano Fedro (século I d. C.).


Molière (1622-1673)

Gênio da literatura francesa e universal, foi um dramaturgo, além de ator e encenador, considerado um dos mestres da comédia satírica. Teve um papel de destaque na dramaturgia francesa, até então muito dependente da temática da mitologia grega, Molière usou suas obras para criticar os costumes da época.





Allan Kardec (1804-1869)
Antes de se tornar precursor do espiritismo, Hippolyte Léon Rivail era um grande intelectual e educador. Seu túmulo é em forma de dólmen - monumento que parece um grande portal de pedras - e está sempre repleto de flores e velas.






Oscar Wilde (1854-1900)
O escritor e dramaturgo irlandês, autor de O Retrato de Dorian Gray, teve um final de vida trágico. Em 1895, ele foi condenado a dois anos de prisão, acusado de sodomia. Após ser solto, viajou para Paris, onde morreu três anos depois. Seu túmulo tem um anjo que ostentava um grande membro. Dizem que o pênis da escultura foi roubado por um funcionário do cemitério, que o usava como peso para papel...É um dos túmulos mais visitados.


Frédéric Chopin (1810-1849)
O maior compositor do romantismo - cujo nome de batismo era Fryderyk Franciszek Szopen - nasceu na Polônia e se mudou para Paris em 1830. Chopin sofria de tuberculose e morreu muito jovem, aos 39 anos. Em seu túmulo, a escultura de uma jovem musa lamenta o destino do compositor.




Abelardo e Heloísa (1079-1142) (1101-1164)
O túmulo do casal, protagonista de uma famosa história de amor medieval, foi transferido para o Père Lachaise em 1817. Abelardo era um padre e filósofo que foi contratado pelo tutor da jovem Heloísa para educá-la. Entre um texto e outro, os dois se apaixonaram e tiveram um filho. O tutor não gostou e mandou castrar Abelardo. O casal só se uniu novamente após a morte de Heloísa, que foi enterrada ao lado do amado.



Jim Morrison (1943-1971)
Jim Morrison, líder do Doors, banda americana de rock dos anos 60, foi encontrado morto na banheira de seu apartamento em Paris e foi enterrado nessa cidade mesmo. Seu túmulo virou local de peregrinação: estima-se que 1 milhão de pessoas passem por ele a cada ano.




Édith Piaf

Nasceu em Paris, França no dia 19 de dezembro de 1915 e faleceu em Grasse, França no dia 10 de outubro de 1963. Foi uma cantora francesa de música de salão e variedades, mas foi reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson. Seu canto expressava claramente sua trágica história de vida.


Não é à toa que este é um dos mais visitados pontos turísticos de Paris. O que mais me impressionou foi o túmulo de Oscar Wilde, porque além de ser um dos mais visitados está cheio de marcas de beijos.
Aliás, o turismo cemiterial está presente em várias capitais do mundo, e este é um dos lugares que nunca lembramos de visitar. Aqui mesmo, no Brasil temos belos cemitérios, com monumentos tumulares, e mausoléus  que além de belos tem muita história para contar. Basta deixar o preconceito de lado e render-se à beleza dessas galerias de arte a céu aberto.

Uma dica legal: É  interessante observar os epitáfios,  frases escritas sobre os túmulos,  que constituem elogios fúnebres e aparecem em prosa ou em verso (geralmente, quadra). Referem-se ao amor, à saudade, à esperança, ao consolo, à tristeza ou à revolta.
Fonte: Mundo estranho Fotos: Ezerberus

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Curioso caso de Benjamim Button, por F. Scott Fitzgerald


Um dos segredos para se escrever e falar bem é ler bastante. E para quem não é acostumado a ler, começar por contos é uma ótima maneira de iniciar no mundo da leitura. Este conto de 1920,  que postei hoje é do escritor americano F. Scott Fitzgerald, de clássicos como “O Grande Gatsby”, o mesmo teve como premissa inspiradora ao seu conto a famosa frase de Mark Twain: “A vida seria infinitamente mais feliz se pudéssemos nascer aos 80 anos e gradualmente chegar aos 18″.  Há também o filme com o mesmo nome, lançado em 2008.
Pra mim, o tema do conto fala  sobre tanta coisa… Sobre como é difícil aceitar o mundo se não aceitamos a nós mesmos. Ou sobre como desejamos tanto uma coisa e essa coisa só acontece no momento certo. E sobre como a vida toma rumos inesperados que chegam a nos desesperar, mas como no fim percebemos que tudo aconteceu exatamente como deveria. Ainda, sobre como tantas pessoas passam por nossa história para nos ensinar pequenas grandes coisas. Sobre como cada um tem um talento único. Mais: como algo tão inverossímel pode parecer algo tão comum e rotineiro – porque, afinal, “tudo pode acontecer”. Como nunca pensamos que cada ação de nossa vida desencadeia outras ações, o que faz de cada vida uma coisa única e especial. Leiam e tirem também suas conclusões.
Não se assustem com o tamanho do arquivo, pois as páginas são pequeninas. Leiam, o conto é excelente! Para ampliar a imagem, clique no livrinho.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Alice no país das maravilhas do século XXI



Em uma época em que a geração denominada por sociólogos e antropólogos de "Geração Y", com características muito diferentes daqueles jovens do século XIX,  Tim Burton resolve dirigir sua mais  "nova"  badalada produção: Alice no país das Maravilhas, baseada na história infantil de Lewis Carroll e uma das mais célebres do gênero literário, sendo considerada obra clássica da literatura inglesa e uma das obras que tiveram mais adaptações na história do cinema, TV e teatro.


Particularmente, sou apaixonada pelas produções de Tim Burton. São simplesmente fantásticas as histórias encantadas contadas em seus filmes. Exemplo disso pode ser visto em sua primeira curta-metragem Vincent, com o personagem principal baseado no ator Vincent Price. Seu apego ao horror com sua habilidade para a comédia Burton conciliou em "Os Fantasmas se Divertem" também trabalhou em Batman, que mais tarde teria a continuação Batman - O Retorno, seu projeto pessoal intitulado Edward Mãos de Tesoura e o filme A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça.
Mais tarde, Burton voltaria a animação stop-motion com A Noiva Cadáver e  regravou um clássico dos anos 60, A Fantástica Fábrica de Chocolate.
Em "Alice no país das maravilhas", o livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai em uma toca de coelho e vai parar num lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas.

Essa obra foi fundadora de um novo jeito de história, o surrealismo, e tem uma enorme importância literária, sendo uma história aparentemente infantil, porém com uma mensagem subliminar que poucos conseguem compreender. Inclusive, há muita polêmica em sua interpetação: uns dizem que é simplesmente uma história infantil que o professor de matemática Lewis Carroll, contava a sua filha, outros dizem que é uma crítica social da época em que viveu, procurando assim uma fuga da realidade e até dizem que há menção ao uso de drogas pelo autor e referências subliminares na obra. Uma das interpretações diz que a história representa a adolescência. Também é possível dizer que a obra faz referências a questões de lógica e à matemática, matéria que Carroll lecionava.
Aparentemente destinado ao público infantil, seus contos, na verdade ocultam questionamentos de toda espécie: lógicos ou semânticos, problemas psicológicos de identidade e até políticos, tudo sob capa de aventuras fantásticas.Carroll também faz alusões a poemas da era vitoriana e a alguns de seus conhecidos, o que torna a obra mais difícil de ser compreendida por leitores contemporâneos.
É um conto que marcou a infância de muitos de nós.  O filme tem previsão para estrear dia 5 março de  2010. Esse filme vale a pena assistir no cinema.
"Comece pelo começo, siga até chegar ao fim e então, pare". – Lewis Carroll em Alice no País das Maravilhas


sábado, 28 de novembro de 2009

Epígrafes da saga "Crepúsculo"


Assisti ao filme "Lua Nova", domingo. Fiquei impressionada em como esta obra conseguiu atingir uma fatia de leitores que estava esquecida: os (as) adolescentes. Durante o filme elas gritavam, e sabiam cena a cena o que estava por vir, pois já haviam lido a obra.
No colégio onde eu trabalho solicitei ao diretor a aquisição da saga completa. Ele prontamente comprou-os e os alunos fazem listas para leitura e comentam entusiasmados o enredo, descrição dos personagens, os filmes baseados na obra e a trilha sonora que eu também adoro.
O que mais chamou minha atenção foram as epígrafes que a autora escolheu para cada obra. Elas dão pistas da sua temática e em alguns percebemos as  obras clássicas que influenciaram a autora.

A epígrafe do Crepúsculo provém do primeiro livro da Bíblia – Gênesis(o Livro das Origens) 2:17.
“Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, tu não poderás comer dela: no dia em que tu comeres tu poderás certamente morrer. ”
Por isso a maçã na capa. Diz a autora que também foi influenciada pela obra de Jane Austin: "Orgulho e Preconceito", um pouco da personalidade de Mr. Darcy em Edward e Elizabeth Bennett em Bella

Em Lua Nova, ela selecionou excertos de Romeu e Julieta, de William Shakespeare, Ato II, Cena VI.

“Estas alegrias violentas têm fins violentos
Falecendo no triunfo, como fogo e pólvora
Que num beijo se consomem.”
Há várias passagens na obra que sugerem a influência de Romeu e Julieta de Shakespeare. Assistiram o vídeo no dia do aniversário de Bella.

No Eclipse temos a reprodução do poema “Fogo e Gelo”, de Robert Frost:

 Fire and Ice

SOME say the world will end in fire,
Some say in ice.
From what I’ve tasted of desire
I hold with those who favor fire.
But if it had to perish twice, 5
I think I know enough of hate
To know that for destruction ice
Is also great
And would suffice.

Robert Frost (1874–1963). Miscellaneous Poems to 1920. 1920

Também há influência de de Emily Brontë: "O Morro dos Ventos Uivantes". A relação amor além da morte, muito forte nas duas obras. Bella gostava tanto de ler esta obra que Edward acabou lendo o livro enquanto ela dormia.

Por último, no "Amanhecer", a  epígrafe escolhida foi   uma citação da poeta americana, Edna St. Vincent Millay como sua epígrafe:
 “A infância não é do nascimento até uma certa idade e em uma certa idade. A criança é crescida, e coloca fora coisas infantis. A infância é o reino onde ninguém morre.”
Toda esta dialogia é muito positiva, pois muitos jovens já estão a caça das obras citadas pela autora e isto para nós, professores de Literatura, é um forte aliado para nossas aulas.
E você já conhece estas obras famosíssimas da literatura clássica citadas pela autora na saga de  Stephenie Meyer ?

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Luís Gama: O precursor da Consciência Negra


Uma prateleira da minha biblioteca está reservada para os poetas brasileiros. Não são muitos, e os que não pretendo reler estão atrás. Às vezes, de acordo com meu estado de espírito, mudam de lugar. Há alguns que já mudaram várias vezes. Este volume do qual venho tratar aqui e que considero muito, entrou hoje na fileira da frente ( preciso comprar outra estante) espero que continue lá até, o dia de passar para os meus filhos como fez meu pai e minha mãe, que o deixaram para mim. A obra referida é: Primeiras Trovas Burlescas e Outros Poemas de Luís Gama

Hoje, no dia 20 de novembro, abri o volume e lendo alguns poemas pensei em fazer uma pesquisa sobre ele. São muitas informações, mas o mais interessante é destacar que na literatura de consciência negra no Brasil a primeira figura de importância é dele, uma posição igualmente única em nossa literatura, a posição, aliás insuficientemente reconhecida, de ser o nosso primeiro (no sentido da grandeza) e mais alto poeta satírico, mesmo vivendo entre os românticos seu trabalho se distingue em estilo e criticidade. Um exemplo está no poema: "Meus Amores", inserido nas Primeiras Trovas Burlescas a partir da terceira edição (1904), que Luís Gama define claramente um tipo de beleza absolutamente em contradição aos cânones românticos:

Meus amores são lindos, cor da noite
Recamada de estrelas rutilantes;
Tão formosa creoula, ou Tétis negra,
Tem por olhos dois astros cintilantes.

Em rubentes granadas embutidas
Tem por dentes as pérolas mimosas,
Gotas de orvalho que o universo gela
Nas breves pétalas de carmínea rosa.

Os braços torneados que alucinam,
Quando os move perluxa com langor.
A boca é roxo lírio abrindo a medo,
Dos lábios se destila o pato olor.

O colo de veludo Vênus bela
Trocara pelo seu, de inveja morta;
Da cintura nos quebros há luxúria L
Que a filha de Cineras não suporta.

A cabeça envolvida em núbia trunfa,
Os seios são dois globos a saltar;
A voz traduz lascívia que arrebata,
- E coisa de sentir, não de contar.

Quando a brisa veloz, por entre anáguas
Espaneja as cambraias escondidas,
Deixando ver aos olhos cobiçosos
As lisas pernas de ébano luzidias (...)

Pelo exemplo acima podemos notar que ele é o único de nossos intelectuais a tomar uma atitude de equilíbrio, ao afirmar a participação negra, pelo uso de uma estética que privilegia o elemento negro, e pela inserção em sua poesia de um significante acervo do léxico afro-brasileiro.

Quase todos os biógrafos preferem descrevê-lo apenas como homem de caráter muito "bondoso", vitimado pelo pai que o vendeu aos 10 anos de idade, e dedicado a uma luta humanitária em prol de outros escravos.
O esquecimento de Luís Gama deve-se, em grande parte, a dois fatores fundamentais que regem a interpretação da História do Brasil:
1.  A oficialização de um grupo de abolicionistas brancos ("13 de maio") como únicos responsáveis pelo movimento e consequente desconhecimento do esforço negro ("Zumbi") na Abolição;
2. Literariamente, a preocupação arianizante que privilegia uma ideologia indianista como formadora da identidade brasileira, em detrimento da aceitação de uma contribuição negra.
Além de fundador do Centro Abolicionista de São Paulo, Luís Gama foi um dos primeiros republicanos brasileiros. Em 1869, com anterioridade ao famoso Manifesto Republicano de 1870, já defendia "o Brasil americano e as terras do Cruzeiro sem rei e sem escravos", numa clara percepção de que o império era o sustentáculo institucional da escravatura. Quando o Partido Republicano se recusa a manifestar-se em favor da abolição completa, imediata e incondicional dos escravos em 1873, Luís Gama desliga-se dele.
Mais do que "precursor" do Abolicionismo, Luís Gama é seu verdadeiro fundador.

Esta posição original e crítica é que faz de Luís Gama uma das poucas grandes vozes do século XIX brasileiro: original, por saber abrir o caminho para uma aceitação nacional da diferença e diversidade brasileira; crítica por não deixar-se enganar pela "pepineira" geral que o circundava.

Pesquisa baseada no artigo: LUÍS GAMA E A CONSCIÊNCIA NEGRA NA LITERATURA BRASILEIRA por Heitor Martins

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Heitor Villa-Lobos: A antropofagia musical



Na semana do cinquentenário da morte de Heitor Villa-Lobos, as homenagens ao maestro se espalham pelos teatros e salas musicais.  Compositor e maestro muito respeitado e reconhecido como sendo um dos mais autênticos e criativos artistas do século 20. Descreveu e revelou musicalmente a beleza e grandeza do Brasil e dos brasileiros, usando em suas composições elementos que enalteciam o espírito nacionalista, inspirando-se nas canções folclóricas, populares e indígenas. Autor de melodias que se tornaram muito populares, como a Ária das "Bachianas Brasileiras nº 5" e o Trenzinho do Caipira - que é o movimento final das "Bachianas Brasileiras nº 2".

" Erza Pound disse que um escritor (isto se aplica também ao compositor) se divide em três categorias: 1 aquele que inventa e portanto muda a história, 2 aquele que é um mestre e consegue captar com maestria e até melhor as ideias daquele que inventou 3. Aquele que copia. Parece que Villa Lobos foi um misto de tudo isto. Difícil de catalogar, ele extrapola 'rubricas'."
Ao celebrarmos esses 50 anos de sua morte devemos, sobretudo, voltar nossa atenção não só ao compositor brasileiro Villa-Lobos, mas também aos compositores nacionais vivos, responsáveis pelo presente e futuro da música brasileira, desenvolvendo uma política cultural com o objetivo de disseminar a riqueza da arte brasileira.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A influência da leitura : O suicídio de Werther




OBRA DE BONDEZAN-(WERTHER E CHARLOTTE BUFF)
Técnica-( Tinta Acrílica Sobre Papel Telado )

No século XIX, aconteceram diversos casos de suicídio entre os jovens na Europa. Muitas pessoas associaram estas mortes com a leitura do romance de Goethe, "Os sofrimentos do jovem Werther", no qual um jovem se suicida por não ter seu amor correspondido. 
O suicídio de Werther foi inspirado pelo suicídio verídico de Karl Wilheim Jerusalem, um conhecido tanto de Goethe como de Kestner. Tal como o Werther do livro, Jerusalem era um pintor taciturno que apreciava grandes caminhadas solitárias. O criado de Jerusalem o encontrou morto. A notícia de sua morte causou forte impacto em Goethe; o escritor se identificava intensamente com o amor não correspondido e com o consequente desespero de Jerusalem. Era Jerusalem quem exibia o vestuário “ao estilo britânico” de Werther – casaco azul até os joelhos, colete de couro amarelo, calças de montaria e botas altas, também muito copiado pelos jovens da época.

O romance foi escrito como uma série de cartas de Werther a seu amigo Wilheim. Tais cartas descrevem, em sequência, os dezoito meses de amor enlouquecido e não correspondido de Werther por Lotte, uma moça comprometida, que sempre conversava e fazia longas caminhadas, mas que nunca lhe dera esperança de amor. Quando Werther se torna tão insensato, a ponto de não poder seguir trocando correspondência, Goethe assume o papel de editor e descreve os sentimentos íntimos do personagem à medida em que este se aprofunda num abismo em direção ao suicídio.

O livro influenciou grandemente o público. Por toda a Alemanha jovens começaram a imitar o estilo de vestir de Werther. Os românticos escreviam poemas inspirados na história; pinturas e litografias de Charlotte chorando na tumba de Werther tornaram-se comuns. Wetzlar começou a aparecer em guias turísticos que mostravam o túmulo de Jerusalem e outros pontos de referência mencionados no livro. Napoleão afirmava ter lido Werther sete vezes.
 Sobreveio uma epidemia de suicídio de jovens enfadados. Ainda que Goethe não se considerasse responsável pelo suposto aumento de suicídios, em uma edição posterior acrescentou um poema ao final do relato, no qual o fantasma de Werther sugeria ao leitor que não seguisse seu exemplo. O livro acabou
 sendo proibido em vários países.

A esta influência, convencionamos chamar de Efeito Werther. Outro nome seria o efeito-imitação. Claro, a gigantesca maioria das pessoas não imitou o suicídio divulgado e as pessoas, idosas ou não, continuaram vivendo suas vidas. O que diferencia os "influenciáveis" dos demais?

Acontecimentos semelhantes já ocorreram diversas vezes durante a história. Na música, o rock já foi tido como uma má influência para os jovens, por levá-los a cometer atos de violência e consumir drogas, assim como filmes relacionados a lutas, guerras, assaltos também preocupam pais e educadores sobre esta possível má influência.
Mas será que Goethe teve esta intenção quando escreveu uma das maiores histórias de amor da literatura mundial?

Na realidade Werther oferece muito mais do que uma simples tragédia de amor, ele mostra uma grande crítica dos problemas de sua época, proporcionando uma crítica mordaz de seus contemporâneos na alta sociedade. Mas as intenções de Goethe foram ainda mais profundas. Em sua representação do amor apaixonado, ele mostrou a contradição insolúvel entre o desenvolvimento da personalidade e da sociedade burguesa.
Um bom leitor, que percebe as intenções do autor não se influencia pelo suicídio, mas sim, analisa os motivos que levaram o jovem Werther a este trágico fim. Para reafirmar esse argumento transcrevo as próprias palavras do autor:
"A natureza humana (...) tem seus limites: pode suportar a alegria, o sofrimento, a dor até certo ponto, arruina-se, porém, mal ele seja ultrapassado. Assim, a questão não é ser-se fraco ou forte, mas conseguir suportar a medida do seu sofrimento, seja moral ou físico. E acho tão estranho chamar covarde a quem põe fim à própria vida como a quem morre de febre maligna".
                           Goethe, A paixão do jovem Werther

Massenet amava o livro de Goethe e afirmava que escrever “Werther” havia sido uma das experiências mais fascinantes de sua carreira. Chegou a declarar: “Em ‘Werther’ coloquei toda minha alma”. O compositor triunfou verdadeiramente ao captar a essência da obra prima da literatura alemã em uma ópera francesa – uma façanha excepcional.



Obra completa para download em pdf
Os sofrimentos do jovem WERTHER

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Sala de Leitura e Arte motiva alunos



O projeto Sala de Leitura e Arte surgiu da ideia de se criar um espaço lúdico, destinado ao ensino motivador e como forma de extensão dos trabalhos desenvolvidos nas disciplinas de Literatura e Arte. O professor Antônio Carlos (Arte) e eu ( Língua Portuguesa),  temos por objetivos: despertar o prazer pela leitura, sedimentar o gosto pela pesquisa,  a formação do leitor e  a produção de textos. Além de criarmos por intermédio de um ambiente motivador e eficaz, atividades lúdicas incentivando a criatividade artística dos alunos do Ensino Fundamental e Médio.


Idealizamos o espaço contendo um pequeno acervo de livros, revistas e telas representativas de obras famosas, como também os trabalhos expostos feitos pelos alunos. Assim, criamos um ambiente diferenciado em que os alunos sentem-se motivados para qualquer atividade nas disciplinas de Arte, Literatura, Língua Inglesa, Educação Física com a dança. Outras disciplinas também utilizam esse espaço, quando desenvolvem atividades como: Seminários, Debates, palestras, leitura, pintura, sessão de filmes, audição de música, etc.


Os resultados que esperávamos estão sendo alcançados a partir dos seguintes indicadores:

_ Apoio da Direção e equipe pedagógica aos professores na organização do espaço de Leitura e Arte e aumento do uso da biblioteca do colégio.

_ Observa-se um aumento significativo da Leitura por prazer;

_ Os alunos passaram a solicitar aquisição de obras de seus autores preferidos ou coleções específicas;

_ Diversidade do repertório de histórias indicadas como suas favoritas;


_ Leitura a partir da observação das imagens em telas ou ilustrações de livros ou poesias.

_ Manuseio de revistas presentes neste espaço de leitura.

_ Articulação do texto com a imagem, apreciação das ilustrações, socialização de sentimentos e percepções a partir do texto;

_ Presença de leitores modelos dentro da sala de aula.

_ Aumento da circulação de livros e de materiais escritos na sala de aula, expostos de maneira acessível aos alunos;

_ Valorização da leitura de poesias e em memorizá-las;

_ Interesse em produzir peças teatrais a partir das obras literárias;

_ Interesse em conhecer e praticar a arte da dança clássica e moderna.

_ Observa-se, também, um grande prazer em estar neste espaço.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Felicidade Clandestina


ASSISTA:

“Talvez não haja na nossa infância dias que tenhamos vivido tão plenamente como aqueles que pensamos ter deixado passar sem vivê-los, aqueles que passamos na companhia de um livro preferido” (PROUST)



Clarice Lispector, no conto “Felicidade Clandestina”, narra o êxtase “puríssimo” da protagonista, ao deitar-se na rede com Reinações de Narizinho, depois de tantas tentativas frustradas para conseguir o livro tão desejado.
 Enfoca a infância da escritora: seu amor pelos animais e sua paixão pelos livros.
 O filme "Clandestina Felicidade" reúne alguns contos/crônicas de quando criança na cidade do Recife na década de 20. Olhar curioso, perplexo, e descoberta do mundo na menina Clarice. O curta baseia-se em dois contos de Clarice Lispector : Felicidade Clandestina (que dá nome ao filme) e Restos de Carnaval. Beto Normal e Marcelo Gomes, os diretores do curta, fazem uma mistura desses dois contos.


O curta começa mostrando imagens do Recife e o dia-a-dia da personagem principal, Clarice, brincando de amarelinha em frente à igreja de São Pedro, depois, em sua casa no balanço. Conversando com as suas galinhas, que considerava suas amigas, ela fala das histórias dos livros que leu.

O curta é bastante interessante, pois, conhecemos um pouco dos sentimentos de infância da brilhante escritora Clarice Lispector, e, percebemos que seu fascínio pela leitura nasceu desde pequena. Excelente para se desenvolver  ao lado do texto escrito, uma sequência didática em aulas de Literatura.

sábado, 7 de novembro de 2009

A Festa da Liberdade



Trabalhadores instalam o dominó gigante que será derrubado para comemorar  os 20 anos da queda do Muro de Berlim, nesta segunda-feira, dia 09 de novembro.

O Muro de Berlim (em alemão: Berliner Mauer) foi uma barreira física separando Berlim Ocidental da República Democrática Alemã (RDA) (Alemanha Oriental), incluindo Berlim Oriental. Ambas as fronteiras passaram a simbolizar a cortina de ferro entre a Europa Ocidental e Oriental e, finalmente, entre E.U.A. e da União Soviética, por mais de um quarto de século, desde a construção que começou  no dia 13 de agosto de 1961 até o  dia 9 de novembro de 1989.
 Muitas famílias foram separadas, enquanto berlinenses orientais empregados no Ocidente se separaram de seus trabalhos; Berlim Ocidental tornou-se um enclave isolado em um terreno hostil. Além disso, a cadeia de cercas, muros, campos de minas e outros obstáculos foram instalados ao longo da fronteira alemã entre Alemanha Oriental e Ocidental.  A grande maioria dos alemães orientais já não podia viajar ou emigrar para a Alemanha Ocidental.
Quando o governo da Alemanha Oriental anunciou em 9 de novembro de 1989, após várias semanas de distúrbios civis, que todos os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental e Berlim Ocidental, multidões de alemães orientais subiram e atravessaram o muro, juntaram-se aos alemães ocidentais, do outro lado em uma atmosfera de celebração. Na noite de 9 de novembro de 1989, "cai" o infame MURO de Berlim, o maior símbolo da Guerra Fria, que dividia a cidade de Berlim ao meio. Ao longo das próximas semanas, as partes da parede foram sendo destruidas  pelo povo eufórico e por caçadores de souvenirs, equipamentos industriais mais tarde foram usados para remover quase todo o resto. A queda do Muro de Berlim, abriu o caminho para a reunificação alemã, que foi formalmente celebrada em 3 de outubro de 1990.
Para comemorar o fim da cortina de ferro, estão sendo organizados eventos culturais, batizados de "Festa da Liberdade".  Uma das comemorações será  a derrubada de um dominó gigante que, ao longo de 1,5 quilômetro, acompanhará o antigo traçado do muro.

O documentário abaixo não está legendado, mas vale a pena assisti-lo porque contém cenas reais do povo quando se depararam com a situação política imposta.

Da queda do muro à reunificação
Esse vídeo tem cenas ótimas:

sábado, 31 de outubro de 2009

Os Beatles


A questão de escolher a maior banda ou qual foi a maior banda de todos os tempos é sempre polêmica e controversa, porque normalmente aos amantes da música a banda/música fala ao coração. A verdade é que se gostos não se discutem é indiscutível, mas por outro lado nem toda a música tem a mesma qualidade em termos de execução e isso pode ser mensurável.
Introduzo este tema e coloco minha posição, afirmando ser os Beatles a melhor banda, pois considero que nenhuma outra banda atingiu a genialidade dos Beatles, nem o seu nível de influencia sobre outros músicos. Influenciaram também as vestimentas, os cortes de cabelo e forma de ser dos jovens daquela geração. Com mais de um bilhão de álbuns vendidos em todo o mundo, sendo que 20 músicas atingiram o primeiro lugar nas paradas apenas nos Estados Unidos da América - números considerados um recorde até os dias atuais. Todas composições eram próprias, como: "She Loves You", "I Want To Hold Your Hand", "Can't Buy Me Love", "Help", "Yesterday", "Hey Jude", "All You Need Is Love" e "Let it Be" entre outras. Foi esse sucesso estrondoso que inspirou a criação do termo beatlemania
Em 1966, em uma entrevista, John Lennon declarou que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo, fato que gerou muitos protestos.
Em uma entrevista de John em 1970, afirma que o Sonho Acabou, que os Beatles não existem mais e não tem mais planos para gravarem juntos... Mas o sonho continuou até 1980.
Nesta época, quando milhões de pessoas gostariam de vê-los novamente, tocarem juntos mais uma vez.... Não deu, pois um episódio muito triste aconteceu em 1980, John Lennon foi assassinado em Nova Iorque, o que acabou definitivamente com o sonho de milhares de fãs de vê-los.
Mesmo assim, quando até hoje ouvimos os acordes finais de 'The End', no final do disco Abbey Road. Dá para pensar no legado que esse grupo deixou para nós. Hoje temos muitas bandas geniais e poderia enumerá-las, mas sei que elas próprias têm “The Beatles” como ponto de referência para os seus estudos.
Por tudo isto e por muito mais, acho que os Beatles foram a melhor banda de sempre. Claro que temos que verificar a época em que produziram sua arte e o que representavam na época, para compreender a grandeza dos Beatles.
Felizes somos nós, jovens da geração de 70, que tivemos os Beatles.

She Loves You: escrito por John Lennon e Paul McCartney

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Como se tornar um escritor


Dicas que podem ajudar você a se tornar um melhor escritor:
1. Torne-se um blogueiro.
2. Use um limite de palavras.
3. Aceitar todas as formas de crítica construtivas.
4. Leia o que você escreveu várias vezes, até que você não encontre mais problemas.
5. Mostre o que você escreve para um amigo de confiança.
6. Faça sempre um rascunho.
7. Quando editar, se achar necessário, modifique, novamente.
8. Viver intensamente e sendo observador.
9. Esteja aberto, curioso, presente e engajado.
10. Faça uma pausa entre a escrita e edição.
11. Aprenda uma palavra nova por dia e utilize-a pelo menos em três situações.
12. Escreva em diferentes gêneros: blog, poemas, contos, ensaios.
13. Tenha um bom livro de gramática para tirar dúvidas.
14. Escrever concentrado.
15. Desafie-se: escreva sobre vários temas.
16. Faça uma viagem: praia, viagens de ônibus, viagens de avião.
17. Assista filmes. Você pode escrever a história melhor?
18. Escrever. E em seguida, escrever um pouco mais.
19. Ler, pensar, ler, escrever, refletir, escrever - e ler um pouco mais.
20. Leia as suas coisas em voz alta.
21. Volte e reduza 10% de palavras.
22. Converse com as pessoas.
23. Ouça como as pessoas falam.
24. Leia lotes de livros. Ambos os bons e maus.
25. Faça anotações de suas ideias brilhantes.
26. Veja vídeos sobre dicas de escrita.
27. Use frases simples, sentenças declarativas.
28. Evite a voz passiva.
29. Limitar o uso de adjetivos e advérbios.
30. Quando em dúvida, elimine.
31. Ser inspirado por outras formas de arte - música, dança, escultura, pintura.
32. Leia as suas coisas antigas e reconhecer o quão longe você veio - e quão longe você tem que ir.
33. Escreve para a publicação, mesmo que seja apenas para o periódico local ou um blog de pequeno porte.
34. Escreva na parte da manhã.
35. Diga a todos: "Eu sou um escritor."
36. Reconheça seu medo e supere.
37. Deixe em descanso artigos e, em seguida, voltar a eles com olhos frescos.
38. Comente sobre os seus blogs favoritos.
39. Mantenha um diário para manter a escrita.
40. Use um diário para resolver os seus pensamentos e sentimentos.
41. Conheça alguém diferente de você e refleta sobre a experiência.
42. Tente novas ideias ou hobbies.
43. Leia as obras de diferentes culturas.
44. Repensar o que é 'normal'.
45. Elabore títulos brilhantes.
46. Verifique se suas suposições estão certas.
47. Aderir a um grupo de escrita.
48. Escreve durante sua hora mais produtiva do dia.
49. Designar tempo à investigação.
50. Traçar um cronograma de escrever para seu projeto e cumpri-lo.
51. Pedir a alguém para revisar.
52. Ruptura de fora de sua zona de conforto.
53. Escrever no local. Se você quiser escrever sobre uma praia, pegue um tapete de piquenique e vá escrever pelo mar.
54. Vá ao supermercado, a sala de aula, um local da sua casa. Tome nota dos detalhes sensuais, a atmosfera, as pessoas.
55. Comece com metáforas e histórias.
56. Desconstruir e analisar livros e artigos que você gosta.
57. Socializar com outros escritores.
58. Faça uma nota de ideias para o desenvolvimento futuro antes de deixar um pedaço para amanhã.
59. Assumir riscos - não ter medo de choque. Você não é quem você pensa que é.
60. Se tiver outras ideias, adiciona-as na seção de comentários!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Trilha Sonora de Lua Nova


O mais esperado filmes deste final de ano, sem dúvida é Lua Nova. Enquanto músicas românticaaguardamos a sua estreia, podemos ouvir a trilha queembalará o filme. São músicas inéditas de Thom Yorke, The Killers, além de gravações de Muse e Editors, entre outros.
O primeiro single da trilha sonora, a inédita “Meet Me on the Equinox” da banda Death Cab for Cutie, já foi lançado oficialmente. Infelizmente, Paramore ficou fora desta vez, mas Muse continua com uma participação.
1. Death Cab For Cutie – “Meet Me On The Equinox”
2. Band Of Skulls – “Friends”
3. Thom Yorke – “Hearing Damage”
4. Lykke Li – “Possibility”
5. The Killers – “A White Demon Love Song”
6. Anya Marina – “Satellite Heart”
7. Muse – “I Belong To You (New Moon)”
8. Bon Iver and St. Vincent – “Roslyn”
9. Black Rebel Motorcycle Club – “Done All Wrong”
10. Hurricane Bells – “Monsters”
11. Sea Wolf – “The Violet Hour”
12. OK Go – “Shooting The Moon”
13. Grizzly Bear – “Slow Life”
14. Editors – “No Sound But The Wind”
Ouvi a trilha no blog "Mescla Cultural", se quiser ouvir também, clique aqui. Ou se preferir, a trilha pode ser acessada aqui, no Vagalume.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Casamento da dona baratinha (a versão de João de Barro!)


Sempre contei histórias infantis para os meus filhos. Mas hoje, a minha mais nova tem 12 anos e começou a se interessar por histórias desde os 2 anos. Antes de dormir, contava-lhe histórias que ouvia ou lia quando criança e outras inventadas por mim, e justamente as inventadas que ela mais gostava. Depois comecei a ler histórias o que despertava nela muita curiosidade e interesse pela leitura. Com isso, ela continua lendo todo tipo de livros e revistas, sozinha, e de vez em quando ainda pede para eu contar-lhe algumas que ela mais gosta. Acho que deve ser pelo fato de que eu na hora de contar faça muitas micagens e utilize várias mudanças na voz (procurando imitar os bichinhos das histórias).
Isto foi, e é muito importante no desenvolvimento de seu vocabulário e da escrita. Ela fala corretamente e com poucos erros ortográficos. Tem dois blogs e está escrevendo um livro, baseado em um sonho, pode?
Engraçado, que ontem, por acaso encontrei a historinha preferida dela. Fazia muito tempo que eu tinha lido ou ouvido, não me lembro ao certo. Só sei que quando achei, não via a hora de mostrar-lhe, pois o vídeo tinha a história completa e com uma voz bem do jeito que eu faço quando lhe conto. (Reparem na voz da dona Baratinha). Vale à pena ouvi-la e também pode ser trabalhada até na 5ª série. As crianças vão amar.

Casamento da Dona Baratinha - parte 1

Um dia Dona Baratinha encontrou uma moeda no chão e resolveu se casar. Apareceram muitos pretendentes, o Boi, o Burro, o Cabrito...mas dona baratinha não gostou de nenhum . Até que apareceu o elegante doutor ratão. Este sim era muito delicado e dona baratinha decidiu casar com ele. E preparou a maior festa, tinha até feijoada com toucinho. Mas foi ai que aconteceu o grande desastre. O doutor Ratão não resistiu ao cheiro de toucinho e caiu dentro da panela justo no dia do casamento. Não morreu, mas ficou feio e nojento. E acabou o casamento. Muito tempo se passou, mas dona baratinha ainda esta procurando alguém para se casar.


A baratinha, coitada, só pensava em se casar. Queria encontrar um bicho pra poder desencalhar. Mas ela era exigente, nem todo bicho servia. Ela queria saber que barulho ele fazia...
Casamento da Dona Baratinha - parte 2